segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Meu corpo é um casco vazio. 
Com um coração pendurado em um pêndulo. 
De cada lado uma adaga com a ponta bem rente. 
E pra qualquer lado que eu me mova dói. 
(…) 
Meus olhos vivem pra dentro. 
Contemplando um universo escuro, infinito e silencioso. 
Para todas as direções horizontes que nunca chegam. 
E pra onde quer que olhe não acho meu caminho. 
(…) 
Minha alma tem gosto de mofo. 
Seca a língua, raspa a garganta, perturba o sono. 
Se debate feito louca por todo meu corpo. 
E sempre tenta fugir de mim. 
(…) 
Solidão é assim, a gente tenta dividir mas nunca consegue.


(Nene Altro)



Um comentário:

  1. Olá.
    Simplesmente maravilhoso esse seu poema.
    As palavras muitas vezes significam além de uma vida.
    Que você seja sempre abençoada com suas ideias e pensamentos.
    Grande abraço
    se cuida

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